REFLETINDO LUCAS: Lc 2.19.51)
Por duas vezes, Lucas diz que Maria guarda no coração os acontecimentos e procura descobrir o seu sentido.


Na segunda vez, o menino está crescido. É adolescente, um rapazinho com seus doze anos. Curioso, cheio de iniciativa, ousado, Jesus se encontra no templo, conversando com os doutores da Lei. Ouve e questiona. Já antecipa, com esse gesto, o que vai fazer bem mais tarde. Diz uma frase que Maria e José não compreendem: “Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai”? (cf. Lc 2,51). Maria, mesmo sem entender, guarda no coração. Pensa, reflete, medita, procura o sentido. Conserva a lembrança dos fatos. Faz memória (Lc 2,51).
Quando o evangelista põe duas vezes essa mesma atitude, no começo e no fim da “vida familiar” de Jesus, quer dizer que era algo constante em Maria. Ela cultivava um hábito, um jeito de ser. Maria vive um dos traços marcantes da espiritualidade do povo da Bíblia: a memória, a recordação. A Escritura judaica, continuamente apela para que, recordando o passado, tenhamos gravado na mente e no coração como Deus fez maravilhas pelo seu povo, escolheu-o e deu-lhe uma missão. ( Maria toda de Deus e tão humana: Afonso Murad).
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